Do UOL, em São Paulo 27/02/2014
A economia brasileira cresceu 2,3% em 2013. Em 2012, o crescimento tinha sido de 1%; em 2011, de 2,7%; e em 2010, de 7,5%.
No quarto trimestre, o crescimento econômico foi de 0,7% em relação ao trimestre anterior, puxado pelo setor de serviços (0,7%); a agropecuária não cresceu, e a indústria encolheu 0,2%. O resultado foi melhor do que esperado por analistas. Em relação ao mesmo período de 2012, o crescimento do país foi de 1,9%.
O Produto Interno Bruto (PIB) referente ao quarto trimestre e ao ano de 2013 foi divulgado nesta quinta-feira (27) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Em valores correntes, o PIB alcançou R$ 4,84 trilhões em 2013. O PIB per capita alcançou R$ 24.065, uma alta de 1,4% em relação a 2012.
Agropecuária avança 7%; investimento sobe 6,3%
No ano passado, os três grandes setores da economia registraram crescimento. O maior foi da agropecuária, com avanço de 7%, seguida por serviços (2%) e indústria (1,3%).
Tanto as exportações (2,5%) quanto as importações (8,4%) de bens e serviços cresceram. Entre as exportações, destaque para produtos agropecuários; outros equipamentos de transporte; veículos automotores e refino de açúcar.
Já nas importações, os destaques foram indústria petroleira; serviços de alojamento e alimentação; máquinas e equipamentos; óleo diesel e peças para veículos automotores.
Em 2013 como um todo, o investimento teve alta de 6,3% em relação a 2012, quando tinha encolhido 4%. Segundo o IBGE, o principal motivo foi a alta da procura por máquinas e equipamentos, que cresceu 10,2% no ano passado.
“Os investimentos foram a grande diferença, já que, em 2012, eles tinham caído 4%. O governo fez várias linhas de financiamento [como as do BNDES]. Programas imobiliários, como o Minha Casa, Minha Vida também contribuíram”, disse a pesquisadora de Contas Nacionais do IBGE Rebeca Palis.
Consumo das famílias sobe pelo 10º ano seguido, mas ritmo cai
A despesa de consumo das famílias cresceu 2,3% em 2013. Foi o 10º ano consecutivo de crescimento desse indicador, mas o menor crescimento desde 2003.
Segundo o IBGE, a alta foi favorecida no ano passado pelo aumento dos salários e da oferta de crédito, mas o ritmo foi contido pelos juros mais altos e pelo dólar caro.
O consumo do governo teve expansão de 1,9% no ano passado.
País evita ‘recessão técnica’ no final do ano
A economia avançou 0,7% no quarto trimestre em relação ao terceiro, num desempenho melhor que o esperado, e que evitou que o país entrasse em recessão (economia fraca, com pouca geração de riquezas e emprego).
No terceiro trimestre, a economia tinha encolhido 0,5% em relação ao segundo trimestre.
Segundo a tese predominante, quando há dois trimestres seguidos de queda, fica caracterizada a chamada “recessão técnica”.
A última vez que o país viveu essa situação foi no final de 2008 e início de 2009, auge da crise financeira internacional.